quarta-feira, 24 de novembro de 2010

GERAÇÃO "X" x GERAÇÃO "Y"

GERAÇÃO “X” x GERAÇÃO “Y”


             Outro dia, ao assistir um jornal televisivo, deparei-me com uma reportagem que se referia a geração “x”,”y”, etc. Confesso que até àquele momento desconhecia tais termos e suas definições.

             A tal reportagem ativou-me a curiosidade de observar mais atentamente, por alguns dias, o comportamento dessas gerações.

               Recordando alguns fatos do nosso cotidiano, impressionou-me a velocidade das transformações sociais ocorridas nas últimas décadas.

                Percebi que temos muito a aprender com os jovens de hoje e lamentei por eles terem deixado de ter vivido algumas situações “sui generis” a geração “x” (nascidos nas décadas de 60 e 70 e início dos anos 80 – até 1982).

                As cidades incharam, a zona rural se esvaziou, o mundo hoje é eminentemente urbano.

               As crianças perderam espaço físico e a inocência, ganharam “joy sticks”. Não sabem o que são brincadeiras de roda, bandeira, pião, bila ( bola de gude); quando muito, praticam esporte em escolinhas entre paredes e alanbrados. Os adolescentes não caem mais no poço; se não, na vida, pois o tempo urge.

               Em contrapartida, confesso que cheguei a sentir inveja de algumas nuances dos jovens de hoje, os “y” ( nascidos no início dos anos 80 até meados dos anos 90). Acheio-os muito mais valentes. Os mais empolgados chegam a serem atrevidos. Percebo mais atitude, mais certeza do que querem, ainda cedo; e absurdamente libertários. Alguns chegam a se perderem buscando essa liberdade, na droga.

               Hoje já não sei o que é disciplina e se ela realmente serve. Renato Russo a definiu como liberdade. Será?

              A geração “x” parece-me valorizar mais as relações pessoais ( relacionamentos duradouros, estáveis, mesmo que estejam ruins); enquanto os “y” acompanharam a velocidade dos processos, e sendo mais afoitos, usam suas fichas todas em uma única jogada, sem medo, tornando as “partidas” mais curtas, porém mais emocionantes, ou seria, “adrenalizantes”?

              A geração “x” ainda parece-me mais família, mais crente, mais afetuosa.

              Se considerarmos que família é carma, crença é medo e afeto demais é entrave, podemos afirmar que na teoria evolucionista, os “y” estão mais adaptados e aptos a sobreviverem nesse mundo moderno virtual global.
              No entanto, caso consideremos que a família é a coluna de sustentação do indivíduo, a crença é o alimento da alma e o afeto, o complemento da existência do homem, fica nos “x” um pesar, uma náusea, uma dor ao perceber nossos jovens “tecnosecos”, velozes, intensos, avulsos.
             Todavia, se nem tanto ao céu, nem tanto ao mar, as gerações “x” e “y” se estudando mais uma a outra, se permitindo mutuamente e intercambiando experiências, conhecimentos e atitudes, quem sabe não cheguem a um equilíbrio que possibilite a melhoria das relações sociais e interpessoais em busca do tão sonhado mundo sustentável.

                                                                                                                                                                        Júlio Lima
                                                                                                                                                                    Médico/professor

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Elomar - Tramas do Sagrado 2007

CAFÉ FILOSÓFICO - A UTOPIA DO AUTOCONHECIMENTO 01/12

O som do vinil: Ângela Rorô

Café Filosófico Flavio Gikovakee Inteligencia Emocional Parte 1

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

ORAÇÃO PARA INICIAR O DIA

senhor Deus, criador do céu e da terra!
Poderoso é vosso nome, grande é vossa misericórdia!
Em nome de vosso filho Jesus Cristo, recorro a vós neste momento para pedir bênçãos para minha vida,
que vossa divina luz incida sobre mim.
Com vossas mãos retirai todo o mal, todos os problemas e todos os perigos que estejam ao meu redor.
Que as forças negativas que me abatem e entristecem se desfaçam ao sopro de vossa benção.
O vosso poder destrua todas as barreiras que impedem o meu progresso;
e do céu, vossas virtudes penetrem no meu ser, dando paz, saúde e prosperidade.
Abra, Senhor, os meus caminhos.
Que meus passos sejam dirigidos por vós para que eu não tropece na caminhada da vida.
Meu viver, meu lar, meu trabalho sejam por vós abençoados.
Entrego-me em vossas mãos poderosas na certeza que tudo vou alcançar.
Agradeço em nome do PAI, do FILHO e do ESPÍRITO SANTO... AMÉM.
NOSSA SENHORA, MÃE DE CRISTO AMADO NOS PROTEJA.
SALVO FUI, SALVO SEREI.COM A CHAVE DO SACRÁRIO ME FECHAREI

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Paralisia Cerebral + Mielomeningocele

José, Para onde?


Hoje a caminho do trabalho, no trânsito lento e enfadonho do Recife, ouvia música para não sentir tanto o peso da viagem. Chico perguntava-se para onde vai o amor quando o amor acaba? Belchior diz que o passado é uma roupa velha que não nos serve mais. Bethânia reverência Iemanjá e Oxum com devoção; até que, Paulo Diniz com a voz que cala as buzinas externas dos estressados, indaga a José: José, para onde?
E agora, José ?
José para onde?
E agora, José?
José para onde?
Para onde, José? Para que terra? Para que porto? Para que braços?
A quem você obedece?
Em que você acredita?
Com quem você se importa?
O que te arranca gargalhadas?
O que te fecha o peito?
O que você almeja? Deseja? Procura?
O que tens feito para conseguir?
Quanto tem te custado para chegar lá?
Que tipo de chão tem preparado?
Eita, José?
Onde te enxergas no menino que foste?
Que valores passados por teus pais te impregnaram a alma?
Que amigos plantados no meio do caminho vingaram a frutos?
Voltando-me ao som, Gil convida-me para fugir desse lugar.
Fugir?
Quantas vezes não pensamos em soltar o caçuá que carregamos e sairmos sem rumo, sem lenço, mas com documento, por que ser indigente também a essa altura não voga, né Jose?!
José? E agora, José?
Imaginavas quando era jovem, estar onde estás hoje?
Ligas o rádio pela manhã para ouvir Mauro Ralfeld ensinar-lhe a poupar ou como ganhar seu primeiro milhão?
Você conversa consigo?
Segue orientações de padre, pastor, pai de santo ou cartomante?
Quando foi a última vez que contemplou a lua, que tomou sorvete num domingo cinzento, andou descalço, virou à noite numa farra e bebeu todas?
Que regras você segue?
Para quê?
Qual seu palavrão predileto? Já o proferiu hoje? Foi bom pra você?
O que você pensa dos idosos, dos pobres, das bichas, dos paulistanos e cariocas?
Você retribui um bom dia, solicita licença, pede desculpas, comete gentilezas, toma a benção aos seus pais? Ou tudo isso lhe parece cafona?
Qual sua relação com seu corpo? Você acaricia-o por completo ao banho? Olha-se no espelho e consegue enxergar algo mais que rugas, gordura localizada ou desidratação da pele?
Você já tentou enxergar-se a alma? Tentou identificar-se nas mandalas da família, dos amigos e do trabalho?
Quem eu sou? Quem é você? Quem somos nós? Quem?
Quando paraste diante de si e se questionou, sem passionalismo, que tipo de homem, filho, colega de trabalho, chefe, subalterno, companheiro, vizinho, desconhecido, você é?
Sigo sobre a ponte do Pina, uma curva, um sinal.
Frejat, deseja-me que tenha dinheiro pois, segundo ele, é preciso viver também; mas ressalta, que eu diga a ele quem é mesmo o dono de quem.
Qual sua relação com dinheiro, José? Com o poder e com os olhares? Quantas máscaras você possui?
O que tem te deixado feliz? E quanto tens feito para conseguir? Tens compartilhado os louros com alguém? O que possuis de bom?
Você pratica o bem, José?
Aproximando-me do meu destino, Zizi nos redime a nós, José; ao cantarolar, como um passarinho que anuncia chuva, meninos de braçanã. Revela-nos lindamente que quem anda com Deus não tem medo de assombração; e conclui, eu ando com Jesus Cristo no meu coração.
E tenho dito, pronto.
Júlio Lima
Médico/ Professor

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Semiologia do joelho e tornozelo