terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Fêmur Curto Congênito - Caso Clínico

sábado, 10 de dezembro de 2011

Mané Cabelim

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Programa de Graça araújo : Como tratar a dor

amigos, segunda-feira - dia 28, participei no programa: Consultório da Graça na rádio jornal. Um debate sobre tratamento da dor. Vejam o áudio:

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

A mulher que engravidou de um abacaxí

            
Foto: Tiago Barbosa
                Era o ano de 1998, estudava em Campina Grande, na minha querida Paraíba. Comecei a fazer parte de um projeto de pesquisa bastante interessante, vinculado ao CNPq, sob orientação daquela que foi, é um divisor de águas em minha vida, professora Norma Montalvo de Soler.           
                Propomo-nos a investigar sobre a Saúde Humana e Ambiental de Pequenos Produtores Rurais do Semi-árido Paraibano. Eu e meu grande amigo Issac Newton, além de um grupo de estudantes da sociologia e educação, passamos um mês inteiro entre as cidades de Pedra lavrada e Nova Palmeira, em pesquisa de campo.
               A professora era a timoneira dessa turma que estava acampada em uma casa, com tarefas e afazeres domésticos divididos. Não sei por que, o pessoal de humanas, achava que eu e Isaac éramos os queridinhos da professora. Na verdade, éramos, mais ele do que eu, estranhos no ninho da Sociologia. No fantástico, para mim, ninho da sociologia.
               Saíamos cedo de casa diariamente. Inicialmente, percorremos toda área rural de Pedra Lavrada mapeando casa por casa. Em seguida, iniciamos a fase de colheita de dados, visitando família por família. Algumas faziam festa, outras eram indiferentes à nós e outras, corriam com a gente de suas casas. Algumas coisas ficaram marcadas: Sanduíche de atum, suco de manga e sombra de umbuzeiro.
               Certo dia, chegamos à casa de uma jovem de aproximadamente 30 anos de idade que chamarei de Maria Santa. Fomos cordialmente recebidos. Iniciamos a aplicação do questionário:
               - D. Santa quantas pessoas moram nesta casa?
               - Óia, mora eu, pai e esse menino ( apontando para um garoto de aproximadamente 10 anos de idade).
              - De quem é esse menino?
              -Óia, esse menino é meu.
              - A senhora é casada?
              - Sô não sinhô.
              - Separada?
              - Não sinhô
              - E esse menino?
              - Óia, esse menino me queixo d’um abacaxi que comi.
              - Como?!?!?!?!?!?!? ( em voz alta, indagamos todos a único tempo)
              - Isso mermo, seu dotô. Esse menino me quexo d’um abacaxi que me fez mal.
              Silêncio no ambiente, olhares cruzados e a dúvida: Estará essa jovem senhora zombando de nossa pesquisa? Caçoando desses aprendizes de pesquisadores? Tirando onda com nossa cara?
             - Calma, falei com voz compassada e gestos com as duas mãos.
            - A senhora conheceu homem com que idade?
            - Nunca conheci homi não sinhô. Sô limpa.( Em voz autiva e firme)
             - A senhora nunca teve momentos mais íntimos com um homem?
            - Não, sinhô. Num tô dizeno ( aumentando o tom de voz e frangindo a testa)
            - Háááááá!!!!
            - A senhora adotou esse menino, não foi?
            - Óia, o senhô é dóido ou se faz? Já num dixe que esse menino é meu.
            E agora? Perguntávamos uns aos outros diante dessa inusitada situação. Como iria constar esse dado no relatório final da pesquisa? Um membro de uma família filho de um abacaxi.
           Respira-se fundo e tenta-se por outro caminho descobrir a verdadeira identidade desse “abacaxi”. Pense num abacaxi que pegamos?
             - A senhora vai sempre à feira na cidade?
             - Não sinhô, tá pra mais de 10 anos que num vô.
             - Esse tempo todo a senhora não saiu daqui?
             - Não sinhô. Num me lembro de tê saído dessas bandas, não.
             - A senhora votou em quem para presidente?
             - Votei não, sinhô
            - Sabe quem é Fernado Henrrique Cardoso?
            - Conheço não, sinhô. Óia, acho que num é dessas bandas de cá não, viu!
           - E Xuxa?
           - Qué que tem?
          - A senhora gosta?
          - Óia, nunca comi não, visse!
            Nesse momento, dirigi-me a Isaac e comentei. Essa estória ta criando forma. Esse menino pode ser de um abacaxi, mesmo.
Continuamos em busca da identidade secreta do pseudo fruto.
            - D. Santa, veja bem. Nunca nenhum homem chegou nem perto da senhora?
            - Óia, o povo daqui diz que esse menino é de Zé de Antoin do baxí grande. Mas eu mermo digo que num é não. Ele tem inté umas aparência com Zé, mas né não, menino. Se fosse eu já sabia, oxe!
             - A senhora nunca ‘brincou” com Zé? ( Me atrevi)
             - Óia, gosto de inxirimento, não visse. Pra num dizê, tinha vez que, quando eu ia dêxar o cumê de pai na roça, Zé acumpanhava eu. Vinha c’umas lorotas besta, mas eu num tava nem aí. Mas teve vez que Zé perdeu a paciência com eu, me deitô nas capuera e fez inxirimento com eu. Mas vô logo dizeno que num foi isso não, por que meu bucho começou a crescer depois que comi um abacaxi quente do sol, que pai trove da fêra. Isso já fazia quaje 3 mês que Zé num via eu. Foi Zé não, menino. Já dixe a pai, foi àquele abacaxi.
            E então, caro leitor? O menino é de quem?
            Diga aí?

Para: Professora Norma Montalvo de Soler e Isaac Newton
Júlio Lima
Médico/ Professor





sexta-feira, 28 de outubro de 2011

O rapto de Joana do Tarugo - Elomar Figueira Melo

Hoje recebi uma tarefa de meu grande amigo e irmão, Fábio Castor: Mostrar mais sobre minhas raízes, dar um pouco  mais de leveza ao nosso blog. Respondendo  a sugestão do amigo, resolvi iniciar com uma peça matuta medieval do grande poeta Elomar Figueira Melo. Trata-se da Tradição Medieval na Música Popular Brasileira (MPB) uma cantiga de amor onde o homem se refere à sua amada como sendo uma figura idealizada, distante. O poeta fica na posição de fiel vassalo, fica as ordens de sua senhora, dama da corte, onde esse amor é considerado como um objeto de sonho, ou seja, impossível, que está longe. eu -- lírico é masculino e também sofredor.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

QUEM É O CORRUPTO?


Ultimamente, folheando jornais, revistas, vendo sites, recebendo mensagens eletrônicas tenho me deparado com constantes notícias de suspeita ou deflagração de corrupção. É o executivo que “nunca sabe de nada”. O legislativo que se aglutina e se emuralha na defesa dos iguais, Jaqueline Roriz, mensaleiros e, nessa semana, Valdemar Costa Neto, que o digam. Judiciário que causa câimbra no braço daquela coitada cega e surda colocando pesos e medidas diferentes entre quem é da “côrte” e usa bens públicos de forma privada, como Sarney; e um Silva ou Souza qualquer povim. Nesses últimos, baixa o chicote e bate mais nêgo que é pouco, mostrando toda autoridade e arrogância da magistratura.
Mas, espere um pouco, encerra-se aí nossa majestosa gama de corruptos? Se livrando dessa corja, estamos livres dessa famigerada miséria humana?
Pois bem, gostaria que meu ilustre leitor (obrigado por está dedicando seu tempo a mim) me ajudasse a detectar quem é o corrupto? E uma vez fazendo-o, dê sua colaboração para solucionarmos esse câncer nacional. Seja refletindo, seja multiplicando atos positivos, seja começando em casa, educando os seus.
Na escola, ainda cedo, não sei se ainda é assim, quando iniciávamos o estudo da história de nossa brava gente brasileira nos era informada que somos frutos do refugo, do bagaço, do resto que não prestava na Europa. Bandidos, degredados filhos de Eva, porcos mal-educados, que aqui chegando se junta a um bando de nativo preguiçoso que só queria viver de sombra e água fresca, acrescentando-se aí os “sem almas” animalizados como força motriz de trabalho, vindos da África.
Criava-se ali a nossa identidade nacional como povo, raça mestiça, para alguns, bando de pés-duros, para outros.
Quem chegou aqui do continente velho, veio para saquear, enriquecer e deixar para trás as sobras, a esmola, a miséria. Mas mesmo assim, o “negócio” se sustenta, equilibra-se na corda bamba e se cria como uma nação.
Honestidade ou a falta dela estará impregnada no DNA?  Estará aí a explicação dessa variedade de tipos de ética e corrupção?
Semana passada, feriado de 12 de Outubro, houve em várias cidades a marcha contra a corrupção.  A revolta estava direcionada aos que estão estampados nos meios de comunicação, os que se têm holofotes sobre si, ou seja, nossos inestimáveis representantes dos três poderes.
Será corrupção ultrapassar pelo acostamento, quando existe uma fila quilométrica de carros numa auto-estrada? Será corrupção valer-se ou esperar que colegas em uma repartição lhe dêem preferência em detrimento a quem chegou cedo e aguarda a horas? Será corrupção enfiar meu “pen drive” no computador da repartição para imprimir documentos particulares, uma folhinha que seja? Será corrupção usar a máquina de Xerox do trabalho para copiar um trabalho ou livreto do meu filho? Será corrupção não pagarmos os direitos trabalhistas de nossos empregados domésticos, quando exigimos seu recebimento à empresa que trabalhamos? Será corrupção “molhar” a mão do guarda quando flagrados numa infração? Será corrupção comprarmos CD’s , DVD’s, roupas , sapatos, perfumes e “souvenirs” pirateados sob alegativa que não se compra o original por quê o preço é muito alto?
O que é corrupção? Existe o ato mais ou menos corrupto?
Fazer corpo mole em seu emprego sob alegativa de que recebe salários vis ou trabalha em situações insalubres poderia ser classificado com corrupção? Assim como, submeter profissionais qualificados a condições inadequadas e salários vexaminosos, em nome da mais valia, levando o trabalhador a condições, cada vez mais descompensatória, do ponto de vista emocional, não é corrupção?
Meu Deus, quem é o corrupto? Contra quem estamos nos indignando? Ou nossa indignação se faz em benefício próprio? Por que não somos nós que ali estamos?
Lembrando Rui Barbosa que afirmou: De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto. (Senado Federal, RJ. Obras Completas, Rui Barbosa. v. 41, t. 3, 1914, p. 86), pensemos no que poderemos fazer para evitar que cheguemos a esse estágio a que se refere o ilustre jurista.
Fazer algo é preciso, pois não aceito a idéia de corrupção nata e hereditária. A falta de educação, assim como, a desvalorização daquele que é correto e valoriza o lícito, sendo muitas vezes, vítimas de bulling, para usar termo da moda, deve ser desencentivado, por que não, combatido.
Temos que lutar todos juntos, para realizamos a mudança do paradigma da lei da vantagem para o paradigma da lei da ética, da justiça e da honestidade.
Vamos pluralizar o singular.
Preparar nossas crianças, não para o enfrentamento, para a busca do mercado, do para eu, para mim, por mim;  mas para a cooperação, conduta reta a atos que favoreçam não ao indivíduo, se não, à coletividade que o circunda, beneficiando a todos.
Que tal revermos nossos valores, procurando realizar atitudes pró-ativas, com seriedade, humanismo e amor ao próximo. Entendendo que fazer o correto é mais que uma boa ação. É uma questão de inteligência.
Júlio Lima
Médico/Professor

terça-feira, 11 de outubro de 2011

TELETON

Queridos amigos. Vem aí o teleton no SBT. Esse evento que acontecerá nos dias 21 e 22 de Outubro/2011 tem como objetivo levantar fundos para AACD (Associação de Assistencia à Criança Deficiente). Umas das instituições mais sérias e atuantes no cenário nacional no tratamento e reabilitação da criança e do adulto deficiente. Esse ano será especial para nós nordestinos, e principalmente para a Paraíba, pois há uma grande chance da AACD esterder suas atividades até Campina Grande com mais uma sede, o que beneficiará, não só a cidade de Campina Grande, mas todo o entorno regional e estados vizinhos. Liguem, colaborem!!!!

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

I Jornada Multidisciplinar de Reabilitação de Amputados da AACD Pernambuco

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Inteligência Espiritual. O que é Isso?

Recebi um texto do amigo Fábio Castor que gostei muito. Trago agora para apreciação do(a)s amigo(a)s. No final do texto tem até um testezinho simples para saber se você possui INTELIGÊNCIA ESPIRITUAL.
Abraço fraterno a todo(a)s e bom texto!!!

             No início do século 20, o QI era a medida definitiva da inteligência humana. Só em meados da década de 90, a descoberta da inteligência emocional mostrou que não bastava o sujeito ser um gênio se não soubesse lidar com as emoções. A ciência começa o novo milênio com descobertas que apontam para um terceiro quociente, o da inteligência espiritual. Ela nos ajudaria a lidar com questões essenciais e pode ser a chave para uma nova era no mundo dos negócios.
DrªDanaZohar - Oxford

            No livro QS - Inteligência Espiritual, lançado no ano passado, a física e filósofa americana Dana Zohar aborda um tema tão novo quanto polêmico: a existência de um terceiro tipo de inteligência que aumenta os horizontes das pessoas, torna-as mais criativas e se manifesta em sua necessidade de encontrar um significado para a vida. Ela baseia seu trabalho sobre Quociente Espiritual (QS) em pesquisas só há pouco divulgadas de cientistas de várias partes do mundo que descobriram o que está sendo chamado "Ponto de Deus" no cérebro, uma área que seria responsável pelas experiências espirituais das pessoas. O assunto é tão atual que foi abordado em recentes reportagens de capa pelas revistas americanas Neewsweek e Fortune. Afirma Dana: "A inteligência espiritual coletiva é baixa na sociedade moderna. Vivemos numa cultura espiritualmente estúpida, mas podemos agir para elevarnosso quociente espiritual".
            Aos 57 anos, Dana vive em Inglaterra com o marido, o psiquiatra Ian Marshall, co-autor do livro, e com dois filhos adolescentes. Formada em física pela Universidade de Harvard, com pós-graduação no Massachusetts Institute of Tecnology (MIT), ela atualment e leciona na universidade inglesa de Oxford. É autora de outros oito livros, entre eles, O Ser Quântico e A Sociedade Quântica, já traduzidos para português. QS - Inteligência Espiritual já foi editado em 27 idiomas, incluindo o português(no Brasil, pela Record). Dana tem sido procurada por grandes companhiasm interessadas em desenvolver o quociente espiritual de seus funcionários e dar mais sentido ao seu trabalho. Ela falou à EXAME em Porto Alegre durante o 300º Congresso Mundial de Treinamento e Desenvolvimento da International Federation of Training and Development Organization (IFTDO), organização fundada na Suécia, em 1971, que representa 1 milhão de especialistas em treinamento em todo o mundo. Eis os principais trechos da entrevista:

O que é inteligência espiritual?
            É uma terceira inteligência, que coloca nossos atos e experiências num contexto mais amplo de sentido e valor, tornando-os mais efetivos. Ter alto quociente espiritual (QS) implica ser capaz de usar o espiritual para ter uma vida mais rica e mais cheia de sentido, adequado senso de finalidade e direção pessoal. O QS aumenta nossos horizontes e nos torna mais criativos. É uma inteligência que nos impulsiona. É com ela que abordamos e solucionamos problemas de sentido e valor. O QS está ligado à necessidade humana de ter propósito na vida. É ele que usamos para desenvolver valores éticos e crenças que vão nortear nossas ações.

De que modo essas pesquisas confirmam suas idéias sobre a terceira inteligência?
            Os cientistas descobriram que temos um "Ponto de Deus" no cérebro, uma área nos lobos temporais que nos faz buscar um significado e valores para nossas vidas. É uma área ligada à experiência espiritual. Tudo que influencia a inteligência passa pelo cérebro e seus prolongamentos neurais. Um tipo de organização neural permite ao homem realizar um pensamento racional, lógico. Dá a ele seu QI, ou inteligência intelectual. Outro tipo permite realizar o pensamento associativo, afetado por hábitos, reconhecedor de padrões, emotivo. É o responsável pelo QE, ou inteligência emocional. Um terceiro tipo permite o pensamento criativo, capaz de insights, formulador e revogador de regras. É o pensamento com que se formulam e se transformam os tipos anteriores de pensamento. Esse tipo lhe dá o QS, ou inteligência
espiritual.

Qual a diferença entre QE e QS?
            É o poder transformador. A inteligência emocional me permite julgar em que situação eu me encontro e me comportar apropriadamente dentro dos limites da situação. A inteligência espiritual me permite perguntar se quero estar nessa situação particular. Implica trabalhar com os limites da situação. Daniel Goleman, o teórico do Quociente Emocional, fala das emoções. Inteligência espiritual fala da alma. O quociente espiritual tem a ver com o que algo significa para mim, e não apenas como as coisas afetam minha emoção e como eu reajo a isso. A espiritualidade sempre esteve presente na história da humanidade. Dana Zohar identificou dez qualidades comuns às pessoas espiritualmente inteligentes.

Segundo ela, essas pessoas:

1. Praticam e estimulam o autoconhecimento profundo

2. São levadas por valores. São idealistas

3. Têm capacidade de encarar e utilizar a adversidade

4. São holísticas

5. Celebram a diversidade

6. Têm independência

7. Perguntam sempre "por quê?"

8. Têm capacidade de colocar as coisas num contexto mais amplo

9. Têm espontaneidade

10.Têm compaixão

"É maravilhoso ter ouvidos e olhos na alma. Isto completa a alegria de viver.”
(Helen Keller)

"De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto..."
(Rui Barbosa)

"Preocupe-se mais com sua consciência do que com sua reputação. Porque sua consciência é o que você é, e sua reputação é o que os outros pensam de você. E o que os outros pensam, é problema deles."
(Bob Marley)









segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Analisis computadorizado de la marcha de amputados transfemoral

domingo, 2 de outubro de 2011

Evolução das Próteses e das terapias - Congresso Latino Americano de Ortopedia Técnica


É muito gratificante vermos quanto o homem pode ajudar ao homem com suas criações. É frustante vermos o quanto ainda é limitado o acesso do homem às criações do homem por causa do dinheiro, sua falta no caso, e limitação das políticas públicas nesse sentido. Vejam que maravilha dois vídeos com o que há de mais moderno no auxílio ao paciente amputado.




domingo, 25 de setembro de 2011

A beleza da Ortopedia

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

DESCONFIO

                
                Hoje, deparei-me com um desses textos atribuídos a gente famosa. Sim, digo isso por que se não lê-lo no livro do autor, não tenho a certeza da sua autoria. “Como diz Alceu: eu desconfio dos cabelos longos de sua cabeça que você deixou crescer de um ano prá cá”, desconfio da beleza estampada na capa da revista, do sabor do bolo de prateleira, da inocência da menina, da voz que jura amor, do "pastor" que cura e batiza.
                  Desconfio das linhas polares, dos raios solares e seus efeitos, da prata azul da lua, da estrela de pouca luz, do rio que seca fácil, da chuva que molha e nem poça faz.
                  Desconfio do sujeito de voz mansa, do calado demais, do sonso, nem se fala, do “caba” que só agrada e não contradiz. Desconfio do sim sem por quê? Do não sem dizer, do talvez sem nem saber.
                 Desconfio da esmola aumentada, da mercadoria muito em conta, da amizade pegajosa, do menino de bucho cheio demais, da fruta mal lavada, da carne mal passada, do azeite de bar e do gás da cozinha.
                Desconfio do telefone que na madrugada toca, do confeito de porta de escola, de mulher apaixonada, de homem que nada tem e nem tem nada pra perder, do pano comprado na feira, do pão feito depois do “esporro” do patrão, da mala com segredo e do peito grande demais.
                Desconfio de mim, na hora do sono e da fome, depois de três doses ou mais, corro o risco de dizer o que penso, nem sempre o que quero, muito menos o que devo. Desconfio quando “tô arretado”, quando sou injuriado ou quando querem me tomar. Não agrado defunto ruim, nem choro em velório de ditador, não faço graça pra doutor e vomito no arrogante, no pedante e no babão.
               Na desconfiança traço linhas, traço curvas, subo ladeira e desço rio. Consumo o que posso, sem esperar por gentileza ou caridade de ninguém. Terço verso, faço oração, busco remissão do mau feito sem querer. Diante do altar me redimo, me confesso e peço perdão. Na fé marcada em mim, desconfio que busco adjetivos que me tragam paz a alma e alegria no estradar: verdade, lealdade e amizade, ade, ade, ade... O substantivo do amor com a força do verbo amar.
              Desconfio que, matutinho João griliano que sou, gasto a vida que ganhei de vagarzinho, sem pressa, sem agonia, pedaço por pedaço, cuidando, lustrando pra brilhar, pra durar, sabendo que felicidade não se busca, se tem. E desconfio mais, de que você que está lendo também deve desconfiar, morder de mansinho e até lamber, a vida que Deus te deu e que você tem que cuidar.
Júlio Lima
Médico/Professor

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Reportagem Jornal do Comércio 14/08/11


quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Curso de diagnóstico por imagem em lesões músculo-esqueléticas

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Participação Programa Graça Araújo

Particiapação no debate sobre " Órgãos Artificiais" na Rádio Jornal em 02/08/11

quarta-feira, 20 de julho de 2011

DICIONÁRIO MÉDICO SEGUNDO O MATUTO

            Um agricultor, 42 anos, residente e natural do sítio Tabocas, distrito de Brejo Grande, Santana do Cariri na Chapada do Araripe (Cariri cearense), acomoda-se diante do Jovem médico, recém-formado e chegado da Capital.
            _ Bom dia, dotô?
            _ Bom dia, seu Joaquim, o que o senhor tem?
            _ Bem, dotô. Tenho uma casinha no pé da serra, 2 vaquinha (que tão inté maga), 2 cabrinha e umas galinhazinhas soltas pelo terrêro. Ah! Tem tumbém uma cachorra – a zabelê e 4 fí que tão só o coro e o osso.
            _ Não, seu Joaquim, o que o senhor está sentindo?
            _ Ói, dotô. Na verdade, na verdade tô sentindo vontade de vedê tudo e ir me’ bora.
            Assim começou o diálogo entre o jovem médico e seu Joaquim – cabra sertanejo que visita a cidade só em dia de feira, trabalhador de roça em tempo de inverno e de frente de serviço na seca.
            _  Seu Joaquim, o senhor veio procurar o médico por quê?
             - Bem dotô!
            _ Ói! Vim percurá o sinhô promode num sô mais o mermo. Anda vingano umas maledicência n’eu que to sem agüentá
            Meio desorientado com o vocabulário apresentado pelo agricultor, mas acreditando ter que manter sua postura de doutor, o médico continuou a consulta.
            _ Pois então diga o que é?
            _ Pra cumeçá, to c’uma dô nas pá – bem nas ponta das cruz- descendo no êxo do tronco partindo pros fecho dos quarto. Chegano nas cadêra se espáia pra bacia, descendo pras perna, passando por trás das canela – mermo nas batata da perna- indo inté o rejeito.
Seu Joaquim ainda continuou, não dando chance ao médico interrompê-lo.
            _ Inda tô apresentando um arguêro na menina dos zói que num tem picinêz que dê jeito (inté já recebi um do vereador Zé de Biu e outro de Elizeu – meu cumpade, mas mermo que nada)
            _ Ói,
            _ Tô c’uma pereba na cantarêra que coça que só a mulesta. A guela e a campainha é inchada direto. É um roncado na boca do estambo, um gosto azedo na boca, um aperrei no juízo, as oiça curta.
            _ Seu dotô, o sinhô me imagina que inté na hora de fazê as obrigação é uma peleja da peste. Boto força, fico rochim...prá saí uma coisinha de nada e, tem mais, pôde que num tem cristão que agüente. Na hora de vertê água é ôtro aperrei – o mijo sai de pingo em pingo- parecendo conta de rosário na mão de beata.
            _  Os dotô do Crato já passaro uns caxete – é cada píula que dá medo. Agente sente inté uma miora, más é pôca. E o sinhô, qué que diz?
             A essa altura, o jovem letrado médico, mostrava um certo pânico no olhar, diante do queixoso seu Joaquim. Pouco entendera o que se passava com aquele homem diante de si.
            _ Bem, Vamos solicitar uns exames depois o senhor volta, ok?
             Naquele dia, o Jovem médico viu-se frustrado por não ter sido apresentado, ainda na faculdade, a um certo dicionário médico segundo o matuto.
   
Júlio Lima
Médico Ortopedista/ Traumatologista
Professor


VIVER OU EXISTIR

 
                        Viver não é uma das atividades mais fáceis de realizar. Saber viver, então, nem se fala. Muitas pessoas na realidade apenas existem. Não sabem a que vieram e, sabe de uma coisa? Nem estão preocupadas nesse conteúdo ou não têm consciência que pode haver algo além da simples existência.
                        Viver é muito mais complicado. Requer atributos inatos, que em alguns existentes estão atrofiados pelo desuso, além de atributos adquiridos a cada janeiro vivido.
Poderíamos empiricamente listar como atributos inatos: capacidade para desenvolver a sensibilidade, a gentileza, o perdão, a inteligência emocional para o bom convívio com os demais seres e a natureza, entre outros.
Os atributos adquiridos,ao meu ver, dependem de alguns fatores mais específicos, os quais farão a grande diferença durante a vida do homem, muitas vezes, determinando seu lugar na família, comunidade, sociedade ou até na história. Poderíamos listar: clã de origem, religião de escolha ou imposta, país onde nasceu, momento histórico e por aí vai.
Lembremos que para Jean Jaques Rousseau, o homem nasce bom e é corrompido pela sociedade. Mas quem a constituiu, se não os homens? Se considerarmos as diferentes raças humanas cada uma com características sociais que lhes são peculiares?
Poderíamos imputar a formação das sociedades como as conhecemos hoje à preservação das diferentes raças humanas.
Algumas vezes, a humanidade teve que lutar contra as idéias de Darwin, interpretadas inadequadamente por representantes de algumas nações, onde algumas raças ao invés de terem sido subjugadas bélica e moralmente, poderiam ter sido dizimadas definitivamente pelos mais “fortes e aptos” na luta, não pela sobrevivência, mas pelo poder e riquezas existentes em nosso planeta.
Viver requer bom senso, uso coerente de seu aparelho de julgamento, ética com os pares e com a humanidade e a natureza.
                        O imposto que a vida cobra pela aquisição do aprendizado sobre como viver não é pequeno, porém o investimento que se faz, com certeza ainda vale a pena.
                        A construção das sociedades foi, é muito importante para a evolução organizacional e tecnológica da humanidade; porém, a imposição na forma e no estilo de viver, feita pelo modelo socioeconômico vigente em determinada época, favorece ao desenvolvimento da “matrix” social. Dessa forma, Contribui pouco, nada ou negativamente para a evolução natural dos aspectos emocionais e espirituais dos indivíduos e de como eles podem efetivamente viver.
                        A passagem da infância para fase adulta tira do indivíduo o riso fácil, a espontaneidade, a verdade sem subterfúgios, diminui sua capacidade de recuperação diante das frustrações, de fazer amigos e de mostrar-se confiável e confiante diante do outro.
                        Ser adulto na “matrix” social criada pelo homem é ser refém das exigências, imposições e controle oficial ou do inconsciente coletivo, realizado pelos órgãos ali constituídos e que marcham, muitas vezes, em direção contrária ao crescimento individual.
                        O “corpo” social se faz viril à custa do padecimento da sua unidade celular básica: o homem.
                        Se fizermos um comparativo, mesmo que subjetivamente e sem o rigor do estudo científico milimétrico; entre a evolução econômica, tecnológica, acúmulo de riquezas, organização social e até comunitária, e o crescimento de valores altruístas de solidariedade, gentileza, afeto e ética do ser humano individual ou coletivamente, teremos uma grande impressão, mesmo que subjetiva, de uma considerável diferença exponencial a favor dos primeiros. As riquezas mundiais se multiplicaram, enquanto o homem continua ceifando a vida de um par por motivos banais.
                        Estamos entrando no terceiro milênio e perfazemos mais de seis séculos de hegemonia do pensamento crítico e científico. A idade média, conhecida como idade das trevas foi assim condenada por sua “estagnação” na evolução econômica da humanidade.
                        Não quero e nem posso negar o benefício que é uma expectativa de vida próxima de cem anos, em algumas sociedades, as facilidades de deslocamento e informação, o conforto que hoje gozamos, frutos do raciocínio e rigor metodológico. Não proponho o retorno aos feudos.
                        No entanto, proponho uma discussão: Não estaria na hora de fazermos com que a ciência, hoje preconceituosa, vaidosa e arrogante, buscasse contribuir, não apenas para o crescimento das nações, mas também, para acelerar descobertas sobre formas de garantir que os atributos inatos sejam utilizados por todos  em benefício do todo e do planeta?. Dessa forma o homem deixaria de ser apenas fragmentos descontínuos da sociedade.
                        Não falo de psicologia com explicações técnicas das sensações humanas. Falo de encontrar maneiras que estimulem a gentileza, como um bom dia entre pessoas ao se encontrarem, solidariedade com a dor e dificuldade do outro, do amor franciscano e não do que barganha (se te ofereço, quero em dobro), da ética em casa e no trabalho, da libertação dos preconceitos, aprendendo a conviver bem com as diferenças entre os pares, ou mesmo, com os diferentes.
                        Até quando teremos nações ricas, organizadas e eficientes com pobres homens bárbaros.



Júlio Lima
Professor
Médico ortopedista/traumatologista












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APRENDI COM MINHA MÃE... (adaptação)


... E ninguém morreu e nem ficou cheio de complexo ou problema para enfrentar o
mundo! Hoje, os pais teimam em querer transferir sua responsabilidade de educação e
limite dos filhos à escola ou a psicóloga...se está dando certo? Responda você mesmo a
esta indagação.

A EDUCAÇÃO HOJE EM DIA É BEM DIFERENTE, MAS ACHO QUE NÃO HÁ
NADA ERRADO COM AS BRONCAS e PALMADAS QUE LEVEI!!!!

Minha mãe ensinou-me a VALORIZAR O SORRISO...
- 'ME RESPONDE DE NOVO E EU TE ARREBENTO OS DENTES!'

Minha mãe me ensinou a RETIDÃO.
- 'EU TE AJEITO NEM QUE SEJA NA PANCADA !'

Minha mãe me ensinou LÓGICA E HIERARQUIA...
- 'PORQUE EU DIGO QUE É ASSIM! PONTO FINAL! QUEM É QUE MANDA

AQUI?'

Minha mãe me ensinou o que é MOTIVAÇÃO...

- 'CONTINUA CHORANDO QUE EU VOU TE DAR UMA RAZÃO VERDADEIRA

PARA VC CHORAR!'

Minha mãe me ensinou a CONTRADIÇÃO...

- ' FECHA A BOCA E COME!'

Minha Mãe me ensinou sobre ANTECIPAÇÃO...

- 'ESPERA SÓ ATÉ SEU PAI CHEGAR EM CASA !'

Minha Mãe me ensinou sobre PACIÊNCIA...

- 'CALMA!... QUANDO CHEGARMOS EM CASA VOCÊ VAI VER SÓ...'

Minha Mãe me ensinou a ENFRENTAR OS DESAFIOS...

- 'OLHE PARA MIM! ME RESPONDA QUANDO EU TE FIZER UMA

PERGUNTA!'

Minha Mãe me ensinou sobre RACIOCÍNIO LÓGICO...

- 'SE VOCÊ CAIR DESSA ÁRVORE VAI QUEBRAR O PESCOÇO E EU VOU TE

DAR UMA SURRA!'

Minha Mãe me ensinou MEDICINA...

- 'PÁRA DE FICAR VESGO MENINO! PODE BATER UM VENTO E VOCÊ VAI

FICAR ASSIM PARA SEMPRE .'

Minha Mãe me ensinou sobre o REINO ANIMAL...

- 'SE VOCÊ NÃO COMER ESSAS VERDURAS, OS BICHOS DA SUA BARRIGA

VÃO COMER VOCÊ!'

Minha Mãe me ensinou sobre SEXO...

- '...E COMO VOCÊ ACHA QUE VOCÊ NASCEU?'

Minha Mãe me ensinou sobre GENÉTICA...

- 'VOCÊ É IGUALZINHO AO SEU PAI!'

Minha Mãe me ensinou sobre minhas RAÍZES...

- ' TÁ PENSANDO QUE NASCEU DE FAMÍLIA RICA É?'

Minha Mãe me ensinou sobre a SABEDORIA DE IDADE...

- 'QUANDO VOCÊ TIVER A MINHA IDADE, VOCÊ VAI ENTENDER .'

Minha mãe me ensinou RELIGIÃO...

- 'MELHOR REZAR PARA ESSA MANCHA SAIR DO TAPETE!'

Minha mãe me ensinou o BEIJO DE ESQUIMÓ...

- 'SE RABISCAR DE NOVO, EU ESFREGO SEU NARIZ NA PAREDE!'

Minha mãe me ensinou CONTORCIONISMO...

- 'OLHA SÓ ESSA ORELHA! QUE NOJO!'

Minha mãe me ensinou DETERMINAÇÃO...

- 'VAI FICAR AÍ SENTADO ATÉ COMER TODA COMIDA!'

Minha mãe me ensinou habilidades como VENTRÍLOGO...

- ' NÃO RESMUNGUE! CALA ESSA BOCA E ME DIGA POR QUE É QUE VOCÊ

FEZ ISSO?'

Minha mãe me ensinou a SER OBJETIVO...

- 'EU TE AJEITO NUM TAPA SÓ !'

Minha mãe me ensinou a ESCUTAR...

- 'SE VOCÊ NÃO ABAIXAR O VOLUME, VOU AÍ E QUEBRO ESSE RÁDIO!'

Minha mãe me ensinou a TER GOSTO PELOS ESTUDOS...

- 'SE EU FOR AÍ E VOCÊ NÃO TIVER TERMINADO ESSA LIÇÃO, VOCÊ JÁ

SABE!...'

Minha mãe me ajudou na COORDENAÇÃO MOTORA...

- 'AJEITA AGORA ESSA BAGUNÇA!! PEGA UM POR UM!!'

Minha mãe me ensinou os NÚMEROS...

- 'VOU CONTAR ATÉ DEZ. SE ESSE VASO NÃO APARECER VOCÊ LEVA UMA

SURRA!'

Minha mãe me ensinou sobre a majestosa sabedoria popular...

PASSARINHO QUE COME PEDRA SABE O CU QUE TEM...

VOCÊ VAI VER COM QUANTOS PAUS SE FAZ UMA CANOA...

QUEM NÃO PODE COM O POTE NÃO PEGA NA RODILHA...

DEPOIS NÃO DIGA: AI,AI, AI...SANTO ANTONIO ME ENGANOU...

Muito obrigado, minha Mãe... Paulo Freire e freud tomariam-lhe a benção

terça-feira, 28 de junho de 2011

OS PARADÍGMAS DE UM CHEFE


A palavra chefe deriva do francês chieef, que por sua vez tem sua origem do latim caput,ítis = cabeça, parte superior.
            Muitas são as maneiras pelas quais os chefes são conhecidos: cabeça, cabo, capitão, condutor, diretor, dirigente, general, guia, líder, mentor, principal, e por aí vai...
            Você escolhe ser chefe ou é recrutado a sê-lo? O chefe necessariamente possui a mesma ideologia de sua empresa?
            Características individuais de liderança, organização, conhecimento técnico profundo, empreendedorismo são suficientes para tornar alguém um bom comandante?
            O humor, por exemplo, é necessário a um líder? Muitas vezes, observamos alguns diretores amáveis, leves, bem humorados; outras, observa-se alguns que possuem um “humor” tão afiado quanto um esmeril de pedreira, daqueles que só quem consegue rir de seus comentários é ele e seus comandados puxa-sacos mais próximos (desses falarei em texto futuro – os paradigmas do puxa-saco).
            Há diversas formas de adquirir respeito e motivação para o trabalho pelos comandados: Pela força (tirania, perseguição, intimidação), pelo exemplo (cobra do outro o que ele pratica), pela coerência ( não generaliza, não favorece, não acossa), pela Justiça ( ninguém espera que um chefe seja bom; se não, justo).
            Viver sobre a égide de um tirano dói o corpo e a alma, causa depressão, impotência, hipertensão, diabetes... O sujeito que persegue geralmente o faz no intuito de encobrir, esconder suas limitações e fraquezas; e ainda, sua incompetência, sendo geralmente capacho e subserviente de seu superior.
            Àquele que intimida traz impregnado em seu DNA o gen da covardia.
            Ser trabalhador, gostar do que faz, conhecer o trabalho e seus comandados, ser exigente com coerência, reconhecendo as limitações de cada um, procurando estimular as qualidades individuais; saber posicionar-se com firmeza, com gentileza, com seriedade e com afeto faz brotar nos convives de trabalho um senso de responsabilidade e vontade de acertar. Faz o funcionário sentir-se parte de uma engrenagem que necessita de sua força; ou paciência; ou inteligência; ou sensibilidade; ou destreza. Atribuições pessoais que só gerará bom resultado, caso o trabalho seja realizado em equipe, com valorização de todos, pois não acredito que alguém consiga deter todas àquelas qualidades sozinhas.
            Imaginar um mentor que não possua inteligência emocional deveria ser um absurdo, pois acredito que faz parte das qualidades básicas de um superior. Pena que não é e, mais pena ainda, é que a maioria dos cabeças não sentem essa necessidade para o seu dia-a dia.
            Manter-se coerente não é tarefa fácil. Os vários funcionários de um mesmo setor não produzem de maneira uniforme. A motivação, a criatividade, o esforço, a tolerância, o conhecimento técnico não são iguais e isso deve ser considerado pelo comandante, não para dar privilégios, mas para resgatar, estimular e fortalecer os menos hábeis. De outra forma, colocar o preguiçoso, o indisponível, o limitado no mesmo balaio do esforçado, do paciente, do que tem iniciativa poderá gerar insatisfações e queda na qualidade do trabalho. Cuidado maior se deve ter para não tratar os iguais de forma diferente, gerando injustiças.
            Da mesma forma que nenhum bom funcionário espera que um chefe seja bom; e sim que ele seja justo, cabe ao mentor não esperar ou exigir que o comandado seja submisso, subserviente, sem opiniões próprias.
            Um chefe não pode ter medo da contestação, da sabatina, da contra-argumentação.
            Humildade através do reconhecimento de suas limitações torna o homem sábio e forte.
            Um bom timoneiro não procura glórias individuais. Ele deve reconhecer que seu sucesso é resultado de um trabalho de todos. Querer a glória sozinho minará sua liderança e o tornará em um rei solitário.  

Júlio Lima
Médico/professor

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Para começar o dia


SENHOR,
Ajuda- me a escolher a verdade diante dos fortes,
e não escolher mentiras para ganhar o aplauso dos fracos.
se me deres fortuna, não me tire a razão.
se me deres êxito, não me tire a humildade.
se me deres humildade, não me tire a dignidade.
ajuda-me sempre a ver a outra face da moeda. Não me deixe acusar de
traição os demais por não pensar como eu.
ensina-me a amar as pessoas como a ti mesmo e a não julgar-me como aos demais.
Não me deixe cair em orgulho se triunfar,
nem em desespero se fracassar.
mas, lembre-me que o fracasso é a experiência que precede o triunfo.
Mahatma Gandhi – Líder Religioso Indiano