segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Reabilitar Ottobock

Pessoal, segue a programação do REABILITAR um encontro científico muito interessante. Todos estão convidados. Estarei presente com o tema: Aspectos Clínicos nos pacientes amputados de membros inferiores.
Encontro vocês lá!!!



quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Os cavaleiros templários

Quero compartilhar com vocês um documentário realizado pela National Geographic sobre uma das ordens religiosas mais interessantes que já existiu e que ainda paira muitos mistérios e incertezas sobre ela: A ordem dos cavaleiros templários.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

NOVA ORDEM


          O capitalismo é o sistema econômico dominante no mundo ocidental desde o final do feudalismo. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Capitalismo). O termo capitalismo foi criado e utilizado por socialistas e anarquistas (Karl Marx, Proudhon, Sombart) no final do século XIX e no início do século XX, para identificar o sistema político- econômico existente na sociedade ocidental quando se referiam a ele em suas críticas, porém, o nome dado pelos idealizadores do sistema político-econômico ocidental, os britânicos John Locke e Adam Smith, dentre outros, já desde o início do século XIX, é liberalismo. (LIBERALISMO CLÁSSICO: ORIGENS HISTÓRICAS E FUNDAMENTOS BÁSICOS - UNICAMP, Por Michelle Fernandes Lima; Alessandra Wihby; Neide de Almeida Lança Galvão Favaro)

            O liberalismo se sustenta pela idéia da escassez. O pleno, o satisfatório, o suficiente são projeções que não interessam aos ideais capitalistas. Dessa forma, ele nos sufoca, asfixia-nos, toma-nos o tempo para que não possamos ter discernimento e apenas sejamos meros objetos de trabalho e de consumo.

            Assistimos impotentes, a tomada do planeta pelas grandes corporações financeiras que têm deixado governos reféns e cidadãos doentes. O câncer, a depressão, o diabetes são algumas patologias que possuem suas bases nas frustrações humanas. Você só vale o que pode consumir. Nada mais.

            Querem transferir ao cidadão comum a responsabilidade dos desastres naturais por precedente destruição da vida não humana na terra. Insistem em intuir a idéia que você deve jogar seu resíduo plástico em depósito apropriado e tomar banho com menos água para salvar o planeta das intempéries e desastres naturais quando eles continuam despejando produtos químicos nos mares e rios em volume exorbitante. Devastam reservas florestais urbanas dizimando o que lá vive e existe para construção de “casas de pombos” com área de lazer completa. Modificam geneticamente alimentos para aumentar produção. Utilizam, sem data para acabar, energia fóssil em suas desventuras gananciosas.

            O universo caminha para uma entropia. Nós marchamos rumo a autodestruição por mesquinhez insana e adoração ao dinheiro dos que estão assumindo o poder do mundo como foram todos que os assumiram até hoje.

            Como diz minha amiga Danny sírio “ ... mesmo havendo conhecimento de que no final de tudo não leva a nada, mesmo assim são danadamente desesperados”. Esse desespero pelo poder, pelo controle, pela mais valia, pelo sei lá o quê?

            A humanidade vive uma corrida alucinada, porém sem rumo. Somos como uma manada transloucada sem direção ou sentido, onde alguns poucos bossais fazem jogatina nas bolsas de todo o mundo.

            Servimos apenas de peças em um grande jogo, onde a sua, a minha, a vida de todos está à mercê de um lance, uma jogada de ficha.

            Enquanto poucos se divertem nessa mesa de jogo sem propósito ou fim, a maioria cá na base se mantém areado sobre quem dar o ritmo da música que estão dançando.

O analista econômico vai à rádio e TV tentando adivinhar a próxima cartada dos bossais. Os políticos procuram uma maneira de, sufocando o sujeito da “ralé” minguando-se salários e serviços, garantir seu caixa dois para próxima campanha eleitoral, mas sempre encontrando um tempinho para dar àquela lambidinha no saco escrotal do sujeito que lhe financiou o pleito e utilizando-se da velha máxima: massacrando os pequenos e amiudando-se aos grandes. O advogado tenta ao seu modo servir quem lhe der mais. O juiz, ah! Esse quer férias, pois se sente muito cansado de tanto trabalho e responsabilidade. Os padres, depois que perderam prestígio social, lavaram suas mãos. Os pastores estão mais preocupados com os dízimos. Os médicos, ora, esses estão de plantão, não sabem de nada do que está acontecendo no mundo e quando tem algum tempo correm para se escravizarem em algum financiamento de mármore ou automotor numa disputa com os demais que também nada sabem além de sua sub-especialidade. E o restante? Peças, peças e mais peças. O poeta sonha; o operário bate ponto; o jovem tá bombando em alguma rave ou rede social; o soldado prende; o ladrão furta; o bandido mata e o dia não acaba mais por que a noite é criança. A vida passa, os homens passam.

            Claro que em todas essas categorias citadas e nas demais existentes há pessoas indignadas e inquietas que nadam contra a corrente e maré bravia que não entregam os pontos e que buscam vida além do poder e do metal.

            Falo do liberalismo por que é o sistema que está no comando de nossas vidas, no entanto, dentre os que existem não vejo alternativa que se apresente de forma mais justa. Com certeza, o totalitarismo e a situação de exceção e falta de liberdade da China e Cuba não constituem em mínimos parâmetros para que possam entrar nessa discussão. Certo é que o que queremos ainda não existe na prática, se não, nas mentes de alguns poucos visionários.

            E assim, marchamos matando Cristo na Páscoa e festejando seu nascimento no natal, renovando esperanças e sonhos a cada volta da terra em todo do astro rei.

            Possuímos uma vista curta para enxergarmos além do óbvio, uma mente preguiçosa demais para analisarmos a realidade em que vivemos e pernas muito pequenas que limitam nossa marcha enquanto humanidade.

            Confesso senhores, que mesmo com algumas divagações e outras contestações não sei como quebrar a corrente da ignorância, da subserviência, da aceitação do status quo me imposto nesse cenário.

            Sei apenas que me inquieto, como muitos, e assim sendo não paro, não me acomodo, não abro mão da esperança. Quero deixar de ser pedra para me tornar água.

Júlio Lima

Médico/Professor