terça-feira, 29 de outubro de 2013

FUNDAÇÃO TERRA



Fundação Terra é uma organização não governamental brasileira criada como intuito de prestar ajuda às pessoas que vivem no local denominado "Rua do Lixo", na cidade de Arcoverde, no estado dePernambuco. Esta comunidade é constituída por catadores de resíduos, quebradores de brita, biscateiros, migrantes, etc. De grande importância é a cooperação de doadores da Alemanha.
Entre as ações desenvolvidas pela fundação, estão a Pax Christi, onde além dos ensinos tradicionais, os indivíduos aprendem uma profissão prática, como costura,computaçãosoldagem naval 1 etc. A escola conta com uma marcenaria comunitária, que faz parte da escola profissional, produzindo móveis baratos de necessidade cotidiano - mesascadeiras e armários - para a comunidade. Nas salas da Pax Christi Schola, o método de ensino utilizado é o de Paulo Freire, desenvolvendo um trabalho de autoconsciência mais forte.
No Centro Mater Christi, as mães gestantes têm acompanhamento pré-natal, recebem alimentação e participam de palestras sobre higiene e saúde preventiva. O atendimento continua após o parto, durante a amamentação e até o primeiro ano de vida da criança. O centro mantém ainda uma creche.
O projeto Domus Christi abriga 21 idosos, de 68 a 101 anos, todos abandonados pela família. Cada um tem uma pequena casa, com quarto e banheiro, além de assistência médica e odontológica.
A Fundação Terra construiu também uma cozinha comunitária, que fornece por dia 645 refeições para crianças, mulheres gestantes e mães que amamentam. Além disso, 500 famílias cadastradas recebem cestas básicas duas vezes por mês 2 .

domingo, 6 de outubro de 2013

De que lado o governo samba?

Fonte: Internet


Somos de uma geração que foi forte o suficiente para acabar com a ditadura, lutar por liberdade e gritar por direitos.
Hoje, na medida em que, por um lado, parece-nos que estamos à beira de um novo golpe aos moldes bolivarianos e assistimos de camarote a execução de uma política mais do que equivocada, incompetente e que está fazendo o Brasil perder a veia do crescimento. Por outro, assistimos de camarote e inertes, os banqueiros e as elites lucrarem como nunca. Privatizações para estrangeiros do pré-sal e rodovias, por exemplo, lembram-me de políticas antes combatidas por quem hoje é governo.
Na saúde está em execução uma política catastrófica e desrespeitosa ao cidadão comum brasileiro. Na educação, somos piada para o mundo e vemos a marginalização dos professores pelo governo.
Essa presidente que me parece sem vontade própria e sem coragem para romper com os que se dizem promotores de sua chegada à principal cadeira do país não está percebendo que seu partido está lhe assessorando da pior forma possível e lhe estimulando a tomar as medidas mais descabidas e está afundando seu governo?
 O medo não a deixa enxergar que o povo foi quem a colocou onde está e não seu partido atolado até os olhos em corrupção e falcatruas.
Dentre as mais descabidas atitudes desse governo, podemos citar a organização de um ministério podre, na sua maioria – Afif Domingos e Padilha que o digam; conflito com o judiciário; priorização na construção de estádios em detrimento a um socorro efetivo às vítimas da seca nordestina; política econômica sem transparência e sem confiança; programa de privatização que está prestes a entregar o pré-sal aos estrangeiros e sem regras definidas e editais sem valor, além do programa “mais médicos”.  

             Não entendo, alias, entendo só não aceito a apatia da sociedade a tudo isso. Não temos oposição séria com um projeto diferente. No máximo, temos oportunistas midiáticos querendo ser o próximo mamador das tetas dessa terra. Vide união no mínimo estranha entre Eduardo Campos e Marina Silva
 A copa das confederações foi uma afronta ao povo brasileiro. A farra da gastança foi absurda. Tudo pago com o nosso suor. Sinceramente não temos nada para comemorar. O título teve sabor de fel. Não quero ser campeão em besteira. Quero ser campeão em qualidade de vida. Nesse jogo. Perdemos feio.
Quanta hipocrisia, quanta palhaçada, quanta mediocridade observarmos esses políticos filhos do coisa ruim, baixaram as passagens de ônibus e trem em todas as cidades no Brasil por causa das manifestações, como se essa fosse a questão.  
Procuram sufocar, diminuir, desqualificar a voz das ruas que gritou: CHEGA DE CORRUPÇÃO, DESMANDOS E INCOMPETÊNCIA. QUEREMOS SAÚDE (não apenas médicos), EDUCAÇÃO, SEGURANÇA E MOBILIDADE. A mudança só virá quando o povo invadir os salões aonde a farra desses políticos de TODOS OS PARTIDOS é farta e às nossas custas.
Como não sou economista, advogado e não recebo o bolsa família, falarei especificamente sobre a política desse governo para a saúde. Até gostaria que outros profissionais fizessem uma leitura sobre essa atuação em sua profissão ou área de trabalho para um debate mais amplo.
Em relação à saúde, a obrigação do oferecimento desse serviço à população é do governo e não dos médicos. Médico não é curandeiro, nem mágico. Médico faz ciência, não pirotecnia. Médico necessita de condições favoráveis de trabalho para conseguir tratar o paciente. A cura pode ou não ser alcançada, pois exerce uma função de meio e não de fim e nem sempre, para se dar o diagnóstico de uma patologia, é necessário despir e palpar o doente. A Presidente Dilma muda seu discurso, agora mais eleitoreiro e menos visceral, no entanto sem alterá-lo em essência.
O país, no final do semestre passado, borbulhou em protestos. Congresso, judiciário e executivo colocados contra a parede, no entanto, viraram as costas, tamparam os ouvidos, emudeceram-se e se fizeram de autistas às reivindicações da sociedade.
Fazem-se necessário que haja uma verdadeira política para a saúde. Mudanças profundas com respeito ao usuário,  fomento à pesquisa, ensino e valorização de todos os profissionais que nela trabalha.
Uma grande amiga me questionou porque só agora os médicos levantaram a voz para denunciar a situação da saúde pública no Brasil?
            Os médicos, no meu entendimento, têm uma grande parcela de culpa em tudo isso. Assistiram a situação chegar aonde chegou, em parte, por omissão em mostrar para sociedade a realidade que sempre enfrentou no seu exercício laboral. E quando um ou outro levantou a voz e tentou mostrar a situação dos pacientes e condições de trabalho não encontrou o eco dos pares.
Esse problema vem de longe. A diferença é que os outros governos tiveram seus discursos demagógicos colocando sempre a culpa em seus antecessores, com isso, os médicos mantiveram-se quietos e a sociedade enganada .
No entanto, com esse governo, a presidente não pode colocar a culpa em seu antecessor, pois é colocar a culpa em seu padrinho político e mentor do seu governo e nela própria, pois ela era governo também.
Sem saída, o governo joga a culpa de um descaso centenário e de todos os governos na classe médica, pois precisava dar uma satisfação às ruas e colocar em prática um acordo já firmado há tempos para emissão de divisas de nosso país e nossa gente como patrocínio da ditadura Castrista aonde o “dinheiroduto”  seria a saúde.
No instante que foi acusada, a classe médica resolve colocar a boca no mundo, mostrar e dizer para sociedade que a coisa não é bem como ela (Dilma e os seus) conta e começa mostrar que a incompetência, descaso, ineficiência, perversidade, dolo é do governo e não da classe médica. No entanto, já era muito tarde. Os gastos com propaganda, a mídia governista que há tempos encabeça uma campanha contra os médicos em seus programas, novelas e jornais, o congresso, também com maioria governista, de joelhos e obediente, quando conveniente, às PEC’s presidenciais e um judiciário desfacelado pelo executivo faz com que a sociedade se volte contra a classe médica.
O ódio que vi nas redes sociais contra a classe médica dá uma excelente tese de mestrado ou doutorado: O dia em que a classe média, que não é usuária do SUS, demonstrou todo seu ódio contra aquele que, em tese, detém poder sobre sua vida.
Até solicitaria aos que odeiam médicos, principalmente os que possuem plano de saúde e não são usuários do SUS, nem nunca visitaram um desses lugares que evitem destilar seu ódio defendendo o governo e atacando os médicos. Na verdade, estes lutam por melhorias das condições de trabalho e, dessa forma, quem ataca a classe médica por algum rancor pessoal está impedindo possíveis melhorias nas instalações, equipamentos, medicamentos disponibilizados, acesso às tecnologias e a presença de uma equipe completa com todos os profissionais da saúde em um posto ou Hospital do SUS. Claro que se luta também por bom salário, direitos trabalhistas e carreira de Estado, mas a luta dos médicos não se limita a isso.
Vi com muita tristeza a vitoria da hipocrisia. Sentenças judiciais favoráveis à prática da medicina por estrangeiros que não cumpriram todas as etapas exigidas para quem faz o curso em outro país. Pior, obrigando os conselhos a cederem registros àqueles que nem comprovação de que realmente são médicos trouxeram em suas bagagens de tanta “solidariedade”. Na prática, o judiciário, também de joelhos, negou a dignidade para o brasileiro comum.
 O governo lança um programa aberrante e de cunho exclusivamente eleitoreiro aonde estratifica a população brasileira da forma mais perversa que existe, com descaso sobre sua saúde e sua existência como cidadão. Para os "homens da corte”, Sírio Libanês com os melhores médicos brasileiros formados no Brasil e com acesso à tecnologia de ponta. Para o "homem comum”, excelentes médicos brasileiros formados nas boas universidades do Brasil com algum acesso às tecnologias de ponta ( são os cidadãos do litoral e grandes cidades que podem pagar um plano de saúde). Para os "homens desprezados” dos rincões brasileiros, médicos estrangeiros sem comprovação de qualificação e bons médicos brasileiros, porém refém- formados, inexperientes e sem acesso a qualquer tecnologia, ou mesmo, mínimas condições de trabalho.
O que mais me entristece é ver a sociedade lavar as mãos como fez Pilatos e querer se enganar e fazer vista grossa para tal aberração com o argumento vil de que o sertanejo agora também terá médico. Como se para ele isso bastasse!
Lembro-me do espanto com que recebi, por meio do Jornal nacional, a notícia do convênio Brasil – OPAS – Cuba. Era anunciada em rede nacional e em horário nobre que o governo brasileiro estava importando ESCRAVOS, Isso mesmo minha gente, escravos, pois pagará o salário ao “miserável” do médico que virá (provavelmente forçado) de Cuba. O Valor do salário (10mil) será pago ao governo de Cuba que decidirá quanto pagará a esses senhores. O que diferencia isso do tráfico de pessoas? O governo de Cuba é o CAFETÃO, o governo Brasileiro, O CLIENTE e os médicos, pra variar, AS PUTAS.
Quando me formei em Medicina, fui trabalhar no Distrito de Brejo Grande em Santana do cariri na Chapada do Araripe Cearense. Era responsável ainda pelos distritos do Pontal e da Conceição. Foi o ano mais feliz de minha vida profissional.
Tínhamos além dos atendimentos e visitas domiciliares diárias, grupos de idosos, adolescentes, gestantes e infantis com reuniões frequentes. Fazíamos passeios com esses grupos, além de festas organizadas pelas comunidades.
Conseguimos fazer uma farmácia de plantas medicinais com mais de 100 tipos de plantas diferentes onde qualquer pessoa da comunidade tinha acesso e o conhecimento sobre tais plantas era compartilhado por todos.
 Com certeza, como sertanejo que sou, passaria o restante de minha vida realizando àquele trabalho que acreditava e amava. No entanto, não fiquei. Por quê?
Por que sou mercenário que quero muito dinheiro? Por que quero morar num grande centro com sérias dificuldades de deslocamento, violência e relações interpessoais nem sempre fáceis?
NÃO, Não! Tive uma partida difícil daquelas comunidades e o fiz por culpa única e exclusiva do GOVERNO que não me deu alternativa, pois sempre desvalorizou o médico da atenção primária. Não oferece condições para uma medicina minimamente possível. Não oferece nenhuma segurança trabalhista.
 O médico do interior fica a mercê e refém do humor e da vontade dos prefeitos e secretários de saúde, nem sempre honestos. Qualquer parentalzinho de autoridade local dá carteirada exigindo prioridade, quando não, exclusividade. Além da ausência de condições de resolubilidade de patologias simples e de referenciar os casos mais graves.
 Hoje vejo com muita tristeza esse teatro patético desse governo que, com fins eleitoreiros e de evasão de divisas para financiar uma ditadura, realiza um verdadeiro desmonte de uma profissão.
Mais triste ainda é ver a maioria das pessoas se “lixarem” para isso por que não é com elas.
Mais triste ainda, fico quando vejo muita gente defender uma ditadura (seja de que ideologia for), aceitar o trabalho escravo como algo normal.
Não consigo ter outro sentimento a não ser o da solidariedade por esses semi-escravos, obrigados até proferir discurso ufanista.
Resta uma tristeza profunda por ver minha gente apenas como manobra eleitoreira e infame de um projeto vil de poder e a percepção de que a sordidez tomou conta do país.
Estamos descendo ladeira a baixo. O país está à deriva e o povo letárgico, insone.
O governo deu um “boa noite cinderela” no povo através dos programas assistencialistas e em boa parte da classe média, através da mídia.
Só ignorante não ver que o governo enriquece cada vez mais as elites e oferece migalhas a quem realmente sustenta essa pirâmide.
 Não vejo política pública séria em nenhum setor do governo. Há camuflagem e alteração de dados econômicos levando a desconfiança do mercado, nossos professores tratados como bandidos, política externa patética que fala grosso com os Norte-americanos, não que estejam corretos, mas aceita desaforo da Bolívia que nacionalizou empresa da Petrobras e calote da Venezuela, no caso da refinaria em Pernambuco.
 O que se observa é uma grande colcha de retalhos aonde sobra incompetência, corrupção e desejo de tornar o Brasil numa ditadura bolivariana.
Júlio Lima

Médico e professor