segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Ôôôôô Mundeeeeeeeeeeza!

Ôôôôô Mundeeeeeeeeeeza! Mundeeeeeeeeeeeeza....
            Essa toada está presente no imaginário de várias gerações. Um grito carregado de paixão e emoção que mostrava a força de um grande amor.
           Mas,quem era Mundeza?
Raimundo Matias dos Santos foi um passarinho tal qual o João de barro que de galho em galho, folha em folha, gentileza em gentileza construiu uma das biografias mais ricas e belas que das bandas de cá do pé da chapada às bandas de lá dos Inhamuns, já se ouviu falar.
           Gentileza é o adjetivo, agora verbo pra mim, que melhor vestia a personalidade de Mundeza (painho).
          Existem pessoas que não precisam debulhar um terço por dia, nem andar com o livro sagrado em baixo do braço. Nós o reconhecemos como Cristão, na essência maior do termo, em seus atos, na sua postura diante da vida e nas relações que estabelece com as pessoas.
         Raimundo Matias foi um homem que teve sabedoria para surfar nas ondas da vida, nunca sucumbindo a nenhuma delas. De postura agregadora, sempre se cercou de muita gente em sua casa. Foi um provedor até seu último suspiro.
          O corpo, ultrajado pelo tempo, não acompanhou a vitalidade e juventude de sua mente. Sua disciplina o trouxe aos 101 janeiros, pois sempre teve horário para tudo e grande organização em suas tarefas.
          Sua grande vitalidade e dinamismo, características que o acompanhavam, só puderam fazerem- se tão presentes por que ao seu lado tinha uma verdadeira fortaleza em forma de mulher.
Joaninha foi quem preparou o palco para que Mundeza brilhasse. Os nãos couberam - se a ela, mesmo estes sendo carregados de carinho, por vezes fôra incompreendida nessa tarefa. Foi a força dessa mulher que possibilitou que seu marido tornasse uma unanimidade. Isso era tão compreendido por ele que o próprio ria - se e nos fazia rir com as pendengas do casal.
          A esse homem devoto uma imensa admiração e gratidão. Seu sangue não corre em minhas veias, nelas correm um líquido constituído de um amor profundo que me uniu a ele e a Joaninha (mainha), assim como aos seus, por toda a eternidade.
          Quantas histórias contadas, quantas festas promovidas, quanta alegria disponibilizada a todos. Só um coração inundado de amor permite tal democracia em seu reino. E foi pelo amor e não pela força que ele se fez grande, cabendo a nós todos a reverência e o respeito.
         Deus também precisa dos bons ao seu lado e o convocou à sua morada. Para nós ficam os ensinamentos, exemplos de conduta e retidão e a obrigação de mantê - lo vivo conosco sempre.