quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Estratégias de enfrentamento da seca

              
Fonte: Blog do Magno
 
A região Nordeste vem sofrendo com o fenômeno da desertificação que tem piorado imensamente nas últimas décadas com secas cada vez mais intensas que vem causando mais sofrimento ao sertanejo para sua subsistência e/ou prática de agricultura familiar.
              Observamos ainda que o agreste pernambucano vem padecendo com tal fenômeno. Os reservatórios de água estão no seu limite inferior de capacidade e as previsões meteorológicas não dão garantia de uma recuperação a curto prazo.
            O enfrentamento dessa situação se faz através de políticas públicas, tecnologias sociais e atores empreendedores sociais comprometidos com a melhoria da qualidade de vida da população. Assim, a Fundação Antônio Souza e o Consórcio Intermunicipal Dom Mariano (Condomar) protocolaram junto ao Ministério do Desenvolvimento Social um ofício com uma solicitação de 2.900 cisternas para atendimento às famílias dos 13 municípios da área do Condomar.
      Na ocasião, o secretário do SESAN ( Orgão do MDS) se comprometeu a viabilizar um lote de 1000 cisternas para o Agreste de Pernambuco,e as outras 1.900 cisternas restantes seriam incluídas para outros beneficiários.
       Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que o Nordeste, em comparação a outras regiões, possui a segunda maior população e está em terceiro lugar em relação ao território e ao Produto Interno Bruto (PIB), porém, é a região com o menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Segundo informações da Subsecretaria de Agricultura Familiar (SAF) da Sead, 52,5% dos empreendimentos da agricultura familiar financiados pelo Pronaf em todo o país na safra 2016/2017 foram no Nordeste. Dados do Banco Central apontam que o Programa responde por 14,1% do valor contratado em crédito rural no Brasil. O Censo Agropecuário mostra que o Nordeste detém 49,7% dos estabelecimentos agrícolas familiares do país, quando comparado com as demais regiões.
      O incentivo à agricultura familiar e, por conseguinte, ao desenvolvimento da região Nordeste se faz urgente através de políticas públicas impulsionadas e apoiadas por atores sociais comprometidos com nossa região e sua gente, no intuito de resgatar a dívida social do Estado brasileiro que se traduziu no processo de exclusão das populações rurais, decorrente principalmente da mudança na sua base técnica durante a modernização da agricultura com pouca participação de nossa região.