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Fonte: Blog do Magno |
Observamos
ainda que o agreste pernambucano vem padecendo com tal fenômeno. Os
reservatórios de água estão no seu limite inferior de capacidade e
as previsões meteorológicas não dão garantia de uma recuperação
a curto prazo.
O
enfrentamento dessa situação se faz através de políticas
públicas, tecnologias sociais e atores empreendedores
sociais
comprometidos
com
a melhoria da qualidade de vida da
população.
Assim, a Fundação Antônio Souza e o Consórcio
Intermunicipal Dom Mariano (Condomar)
protocolaram
junto ao Ministério do Desenvolvimento Social um
ofício com uma solicitação de 2.900 cisternas para atendimento às
famílias dos 13 municípios da área do Condomar.
Na
ocasião, o secretário do SESAN (
Orgão do MDS) se
comprometeu a viabilizar um lote de 1000 cisternas para o Agreste de
Pernambuco,e as outras 1.900 cisternas restantes seriam incluídas
para
outros beneficiários.
Dados
do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam
que o Nordeste, em comparação a outras regiões, possui a segunda
maior população e está em terceiro lugar em relação ao
território e ao Produto Interno Bruto (PIB), porém, é a região
com o menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Segundo
informações da Subsecretaria de Agricultura Familiar (SAF) da Sead,
52,5% dos empreendimentos da agricultura familiar financiados pelo
Pronaf em todo o país na safra 2016/2017 foram no Nordeste. Dados
do Banco Central apontam que o Programa responde por 14,1% do valor
contratado em crédito rural no Brasil. O Censo Agropecuário mostra
que o Nordeste detém 49,7% dos estabelecimentos agrícolas
familiares do país, quando comparado com as demais regiões.
O
incentivo à agricultura familiar e, por conseguinte, ao
desenvolvimento da região Nordeste se faz urgente através
de políticas públicas impulsionadas e apoiadas por atores sociais
comprometidos com nossa região e sua gente, no intuito de resgatar a
dívida social do Estado brasileiro que
se traduziu no processo de exclusão das populações rurais,
decorrente principalmente da mudança na sua base técnica durante a
modernização da agricultura com
pouca participação de nossa região.